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Minha quadra, minha vida: conheça Luciano Hillesheim, que há quase 18 anos trabalha no Ceisc/União Corinthians e tem o Arnão como um filho

No quarto capítulo da série Minha quadra, minha vida, conheça Luciano Hillesheim, que trabalha há quase 18 anos no Ceisc/União Corinthians e tem o Poliesportivo Arnão, como um filho

11.06.2025  |  223 visualizações

Não é exagero dizer que o Poliesportivo Prefeito Arno João Frantz, popularmente conhecido como Arnão, é como um filho para Luciano Hillesheim. O mordomo do Ceisc/União Corinthians viu o ginásio em Santa Cruz do Sul (RS) ser construído do zero até sua inauguração em 1992.

"Era uma grande obra. No início, recebeu críticas, falavam que seria um elefante branco, que não iria lotar e ficaria obsoleto", relembrou o profissional de 57 anos.

Casa do Ceisc/União Corinthians no NBB CAIXA, o ginásio registrou oito dos 10 maiores públicos da temporada regular 2024/25. Além disso, o time gaúcho ficou na liderança em média, com 3.576 pessoas. "É minha casa, o templo sagrado, onde passo o maior tempo do meu dia", resumiu Luciano.

Ao todo, ele está há 18 anos trabalhando no clube. A primeira passagem durou 13 temporadas consecutivas, entre 1990 e 2003, quando conquistou o título do Campeonato Brasileiro de 1994. Depois disso, o Ceisc/União Corinthians ficou longos 17 anos longe do basquete.

"Retornei ao clube em 2020 para o projeto de retomada do basquete profissional e jogar o NBB CAIXA. Já foram mais quatro temporadas. E já estou pensando na próxima, em 2025/26", afirmou Luciano.

No período em que o basquete ficou adormecido em Santa Cruz do Sul, Luciano precisou "se reinventar", como ele mesmo definiu. Passou pelo Lajeado nas duas primeiras edições do NBB CAIXA e depois foi trabalhar no futebol de campo. Foram quatro temporadas no Juventude, de Caxias do Sul, equipe que está atualmente na primeira divisão do Brasileirão. A pandemia da covid-19 fez tudo parar e, quando o esporte retomou sua rotina, ele estava novamente em casa, no Ceisc/União Corinthians.

"Sou o primeiro a chegar no ginásio e o último a sair. Tenho acesso a todas as partes do ginásio de que preciso. Em dias de jogos, sempre aquela correria normal", resumiu Luciano. "Cuido da rouparia e de tudo o que é necessário para os treinamentos, deixo tudo preparado para o pessoal ter condições de treinar e jogar", acrescentou.

Com tanto tempo de casa, Luciano já conviveu com muita gente importante para o basquete. A lista é gigantesca, mas ele faz questão de citar todos eles: Marcel, Rolando, Mauro, Alvin Frederick, Darryl Parker, Clifford Morgan, Evandro Saraiva, Macetão, Raul Filho, Paulinho Cheidde, João Batista, Brent Merrith, Cruxen, Joel Sanches, Almir, Silvio Carioca, Oldair, Marcionílio, Edu Gato, Marão, Ivan Pool, Farofa, Wagnao, Frank Jackson, Josuel, Pipoka, Márcio Farias, Marc Brown, Betão, Marvin, Douglas.

"Alvin Frederick foi o melhor estrangeiro que já jogou aqui. É meu amigo, até hoje mantemos contato, esse é um fenômeno em todos os sentidos. O João Batista é outro que até hoje frequenta minha casa", afirmou.

Entre os treinadores, Ary Vidal, claro, é o mais especial. "Ele ficou aqui sete temporadas consecutivas e colocou o União Corinthians e Santa Cruz do Sul, aqui no interior do Rio Grande do Sul, no cenário nacional e internacional do basquete. Até hoje somos lembrados e respeitados onde vamos", afirmou Luciano, sem esquecer de citar Fernando Larralde, Valdir Boccardo, Mical, Marco Aga, Marcelo Nunes, Juarez Franco, Carlão Rodrigues, Sérgio Enloift, Cruxen, Clairton Wacholts, Ubirajara Hertzer, Rodrigo Barbosa, Athos Calderaro e Rodrigo Silva.

O título brasileiro de 1994 e os vices em 1996 e 1997 estão entre suas principais lembranças. "O plantel de 1994 era muito contestado e foi campeão. Em 1996, perdemos para o Corinthians na volta do Oscar Schmidt ao basquete brasileiro e, no ano seguinte, reeditamos aquela final de 1994 contra Franca e perdemos por 3 a 2", afirmou. "Tenho belas lembranças e alegrias, e claro, algumas tristezas e frustrações também."

É inegável que Luciano é um apaixonado pelo Ceisc/União Corinthians e o Arnão é aquele filho que cresceu, passou um período longe de casa e agora voltou para deixar o pai orgulhoso.

"Sou muito feliz no que faço. Amo essa rotina, só tenho de agradecer a todos que passaram no clube, diretores, colegas, e os atuais diretores, patrocinadores, torcida, que é nosso sexto jogador. Estou no lugar certo e, enquanto Deus me permitir e tiver saúde, estarei aqui", finalizou.

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O NBB CAIXA é uma competição organizada pela Liga Nacional de Basquete com patrocínio máster da Caixa Econômica e Governo Federal, parceria do Comitê Brasileiro de Clubes (CBC), chancela da Confederação Brasileira de Basketball e patrocínios oficiais Penalty, Universidades Cruzeiro do Sul, UMP, Whirlpool e apoio oficial Infraero, IMG Arena, Genius Sports, EY e NBA.

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